domingo, 29 de julho de 2012

Materiais - entrando na realidade paralela

Quando as pessoas dizem que o mundo de obra é um mundo à parte, eu nunca entendi o quão distante e diferente era este outro mundo.

Confesso que até o ano passado, nunca havia entrado em lojas como Amoedo, Leroy, C&C... Quando entramos na Leroy juntos pela primeira vez com o foco no apartamento ficamos completamente perdidos! Até faz a primeira obra, a gente realmente não tem idéia de pra que serve tanto material, ferramenta, qual a diferença de tubos, fios, pós, massas, tintas...

O sentimento se dividia entre fascínio e desespero, 'será que nossa viagem ao mundo da obra vai nos fazer passar a entender todos os setores daquela loja gigantesca?'

Inevitavelmente, a tendência é ir pro que a gente consegue enxergar diferença visual, acabamentos e revestimentos.
Fomos olhar as famosas pastilhas... São tão encantadoras e coloridas, mas... Meu Deus! Tantas cores, formatos, brilhos, preços e materiais, não é possível que sirvam para o mesmo fim de embelezar as paredes das áreas molhadas...
E os pisos e paredes? qual a diferença de porcelanato pra cerâmica? azulejo é só o menor, né? Eu gostaria de tudo branco e fosco, mas dentre milhares de peças, não achei umazinha assim. A propósito, por que para as paredes as peças mais nobres são as menores possíveis e para o piso é exatamente o oposto?
E essas madeiras que são pedra e não madeira? coisa de louco!
Como descobrir o preço disso? é por metro quadrado? ou por peça? ou por caixa? varia! Cada um tem uma regra.
Para aplicar, usa-se rejunte... mas, qual rejunte? ahhhh tem um tipo pra cada material. E várias cores também.

Resolvemos dar uma olhada nas torneiras e cubas pros banheiros. Já tinha decidido que queria usar aquela cuba que fica apoiada na bancada, só não tinha idéia que existiam tantos modelos e tamanhos para isso. Como o Marco (meu primo arquiteto) sugeriu, acho que vamos no modelo tradicional redondo branco mesmo.
Sobre os metais (torneiras) é melhor nem começar a falar porque é mais doido ainda, a variação de preço vai de R$150 à R$3.000 uma peça da mesma marca e com desenho nem tão diferente assim. Como eu já tinha ouvido alguém dizer, a escolha de metais é mais pela tabela de preços do que pela exposição de modelos...

Ufa! Depois de quase enlouquecer, respiramos fundo e lembramos: ainda bem que falta um tempo para chegarmos nessas compras...

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O apê é nosso! A-ha! U-hu!

É engraçado como alguma coisa dentro da gente diz quando algo vai dar certo. O sentimento de euforia se mistura com uma serenidade e sabedoria pra fazer exatamente o que tiver que ser feito. Foi assim. 



Entramos numa conversa com a imobiliária / proprietária e em paralelo estudo com a Caixa. Além dos juros terem baixado pouco antes, tínhamos esperança de conseguir aumentar um pouquinho o valor da Carta de Crédito reavaliando minha renda. Eu havia acabado de trocar de emprego (tive depósitos extras de 13o, férias, dias compensados) e a avaliação de crédito para autônomos como eu é feita por extratos bancários, contas fixas e cartões de crédito - uma papelada sem fim). O Eduardo, por ser servidor público, teve sua avaliação por contracheques, o que quase não tem variação. A avaliação conjunta das duas rendas que diz qual o valor possível de financiamento, eles estipulam um percentual máximo da renda a ser comprometida com as prestações (varia entre 25 e 30%).
Foram duas difíceis negociações simultâneas, com gerentes da Caixa (aprendam: cada gerente avalia seu rendimento de uma forma, principalmente para autônomos) e com a imobiliária. Semanas em que precisamos ser maestros na negociação (sem medo de perder - apesar da pressão dos corretores) e, ao mesmo tempo, rápidos com a documentação para Caixa e insistentes no contato com os gerentes. 
Finalmente conseguimos coincidir os números do valor negociado para compra do apê com o valor de estudo de carta de crédito da Caixa (nada formalizado ainda). Foi o que precisávamos para assinar o compromisso de compra e venda e já dar uma parte do sinal como garantia. Daí em diante fomos correr com as papeladas: documentos nossos, da proprietária, da Caixa, do apartamento, registros... Muita burocracia vencida com a competência e dedicação do Eduardo, que ficou cuidando disso quase em tempo integral. Agora entendemos porque tanta gente chama despachante pra cuidar dessa papelada... 


Durante esse processo de levantamento de documentos e pagamento das taxas, saiu a notícia de que a Caixa diminuiu mais um pouco os juros (agora fica entre 7,8% e 8,5% dependendo de ter conta salário, ser servidor, compras de serviços do banco....) e aumentou o prazo de financiamento para 35 anos (uma vida!). Com essas últimas mudanças ficamos tranquilos que o valor final cobriria realmente o que precisávamos e ainda conseguiríamos um valor total um pouquinho maior, que nos deixou com um dinheirinho em mãos para começar a obra. Foi Assim!


A assinatura da escritura.
A escritura nos casos de imóveis financiados pela Caixa é um contrato contrato de alienação fiduciária - que tem valor de escritura - assinado na própria agencia e depois registrado no Oficio de Registro de Imóveis referente à área do imóvel, no nosso caso, foi o 3o)

Pra completar as coincidências da vida, no dia que assinamos o compromisso de compra, meus primos arquitetos que moram em São Paulo estavam passando o fim de semana no Rio. Já sabíamos que eles nos salvariam no projeto da reforma, só não acreditávamos que já poderíamos ter a visita técnica deles assim, tão rapidamente. 
Nós com os primos arquitetos
...e minha mãe na janela da nossa sala!

Como eu disse lá em cima, alguma coisa dentro da gente sabe quando vai dar certo e, quando é pra dar certo, tudo acontece a favor.
A primeira comemoração no NOSSO apartamento in loco.